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Proatividade é a palavra mais odiada: como palavras bonitas podem esconder criticismo

Atualizado: 24 de ago. de 2022






Como Marsall Rosenberg destaca, pessoas em posição de autoridade deveria ter uma cuidados redobrado com as palavras: eu sempre pensei isso.





Observei, baseado na minha caminhada, que as chances de mal-entendidos com as palavras crescem quando estamos com autoridades. Isso se deve ao nosso sistema focado em punição e recompensas: nesse sistema, como Marsall Rosenberg traz para atenção, pessoas em posição de autoridade decidem o que é melhor para nós, o que é certo e errado; usando recompensas e punições. Isso aparece também nas palavras, como cumprimento/gestos de aprovação/elogios e comparações indevidas.


Como Marsall Rosenberg traz para atenção, pessoas em posição de autoridade decidem o que é melhor para nós, o que é certo e errado; usando recompensas e punições. Isso aparece também nas palavras, como cumprimento/gestos de aprovação/elogios e comparações indevidas.



Acredito que:

p(T) = alfa*T(t).

A probabilidade de mal-entendidos é função da tensão (T) da relação, que é função do tempo: relações podem degradar com o tempo. Somos péssimos em geral para resolvermos conflitos, por isso existem ferramentas como comunicação não violenta; entre outras.




Proatividade (1° lugar, quase 50% dos votos)

Eu odeio essa palavra, quando usada no contexto de supervisão.


Isso seria o que Marsall Rosenberg chamou de "chacal educado"; um "chacal de Detroit" seria alguém mais direto, como, "seu preguiçoso".




A primeira vez que ouvi proativo, foi no livro "Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes" de Stephen Covey.


Nesse cenário, que gosto, seria o oposto de 'reativo'. Uma pessoa reativa seria um membro do corpo de bombeiros: sempre apagando incêndios; uma pessoa proativa seria um membro da SWAT, sempre planejando antes de agir.


Vou contar uma pequena história, que me fez odiar essa palavra. Eu sempre gostei de concentrar, o que Cal Newport chama no seu livro de "Deep Work". Não respondo e-mails nem WhatsApp com frequência. No meu doutorado, antes da defesa, fiquei 4 meses respondendo somente o básico de e-mails. Então, no meu postdoc, onde respondia uma vez por semana, meu supervisor disse que eu deveria "ser mais proativo". Nunca entendi o que queria dizer, mas de acordo com o significado da palavras, estava sendo proativo.


Marsall Rosenberg dá vários exemplo onde uma pessoa usa esses termos e fica uma bate-bola sem fim. A esposa diz ao marido "você precisa me deixar seu eu mesmo", o marido diz "eu deixo!", isso vai eternamente!


Procrastinação


Ouvi essa palavra pela primeira vez no meu primeiro postdoc: meu supervisor disse que eu estava procrastinando. Desde então, fiquei tentando entender essa palavra. Recentemente, encontrou uma definição que gosto: procrastinação não é preguiça. A pessoa que procrastina somente evita uma atividade por ser dolorosa, mas geralmente faz outras! No meu caso, não acho que estava procrastinando. O que meu supervisor chamou de 'procrastinar' eu chamo de "aprender", aprender antes de fazer, ou seja, se pensativo, procurar aprender com o ambiente antes de sair atirando. Isso me levou à achar outro termo "pragmatismo brasileiro", que seria uma forma de dizer: "fazer sem planejar", preguiça cognitiva mesmo. Ele também usava muito "pragmatismo", que nunca consegui entender bem no contexto dele; parecia-me somente uma forma de "obrigar as pessoas a trabalharem sem pensar".


Iniciativa


"Você precisa ter iniciativa", seria o que diria alguém. O que a pessoa está querendo dizer? Somente Deus e Marsall Rosenberg sabem!




Talvez:

  1. Que faça o que ela quer, exatamente. Marsall Rosenberg tem um exemplo legal. Um pai queria que o filho sobre "responsável". Depois de refletir, chegou à conclusão de que "queria que o filho fizesse o que ele queria"; longe de responsável, diria.

  2. Que faça atividades fora do seu domínio;





Considerações finais

Até o meu postdoc, não senti problemas de comunicação. Isso começou no meu postdoc. Acredito que precisamos ficar atentos, em especial com pessoas novas. Infelizmente, nem todos se preocupam em ser claros, em especial se estão em posição de autoridade.



 

Sondagem online com bolsistas CAPES sobre as palavras mais usadas de forma errada









 

Comentários coletados

""Proatividade" = assumir todas as responsabilidades administrativas e de orientação dos alunos no lugar dos chefes de laboratório e orientadores
"Iniciativa"= palavra usada para justificar você carregar todas as decisões relativas ao projeto enquanto os orientadores agem de forma completamente negligente na orientação. Ainda dizem "é a sua pós graduação. Não sou eu que preciso agir, você tem obrigação de ter iniciativa e fazer tudo"."

Note nesse caso a forma como a pessoa leu. Existem duas alternativas na CNV: conversar com a pessoa e tentar entender, usando fatos; ou usar força protetiva, se retirar e recursar a fazer.


Vamos fazer uma pequena simulação de CNV para o caso da proatividade, cuja uso é claramente errado. Geralmente, usa-se culpa, "guilty inducing", como o Marshall Rosenberg gosta de chamar.


Subordinado: quando você pediu que eu orientasse 4 alunos semana passada [fato, sem interpretações], isso me fez sentir frustrada, e estressada. Eu tenho a necessidade de que as responsabilidade sejam claras. Você estaria de acordo em deixar bem claro quais são as minhas atribuições? [fato + sentimento + necessidade + pedido claro]


Superior: sua obrigação é trabalhar, a bolsa é para isso! [chacal falando]


Subordinado: você está se sentido sobrecarrega como professor e gostaria de que alguém te ajudasse a executar as tarefas burocráticas? [oferecendo empatia, mesmo a uma pessoa que te faz mal]



Assim por diante.


Baseado na minha experiência, acredito que muitas situações podem ser resolvidas se oferecer empatia, como o Marshall Rosenberg também acreditava. Muitas pessoas foram educadas em um sistema opressor, o que Marshall chamada de chacal.

Lembremos Paulo Freira:



opressor= chacal.


Exemplo de um gerente aprendo a usar CNV




 

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