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Os diferentes tipos de orientadores: Bin Laden, passando por mestre dos magos a Dr House


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Encontrando o Par Perfeito na Academia: Navegando pelos Tipos de Orientadores


Olá, jovem pesquisador!


Este ebook foi um dos mais difíceis de escrever. Não pelo conteúdo, mas porque ele flerta com a delicada fronteira entre classificar pessoas e tomar decisões, o que pode levar facilmente à demonização de um dos lados. O título, que usa humor, busca falar de algo fundamental na jornada acadêmica: o seu orientador, que é seu parceiro e mestre. Meu objetivo não é contribuir para a violência no meio acadêmico, mas sim reduzi-la, e a escolha de um orientador compatível pode ajudar a diminuir a violência e o estresse.

É crucial entender que escolher um orientador/supervisor é um processo decisório, mesmo em instituições onde a associação é padrão. Acredito que muitas pessoas acabam trabalhando com os parceiros errados; não acho que, propositalmente, orientadores ou alunos se envolvam em relações problemáticas.


Por Que Escolher Ativamente Faz Toda a Diferença?


Existe um senso comum, espalhado até por professores, de que não escolhemos com quem vamos trabalhar. Mas isso é um mito! Podemos e devemos escolher. Mesmo quando não é possível a escolha direta, é possível criar as condições para ela existir. Uma sondagem indicou que mais de 70% dos que fizeram escolhas conscientes fizeram uma boa escolha.

Minha experiência sugere que o par orientador-aluno pode ser mais importante do que esperar que as relações funcionem magicamente. Trabalhar com pessoas que te colocam para cima é mágico, enquanto trabalhar com pessoas que colocam pedras no caminho é infernal. Um péssimo orientador para uma pessoa pode ser excelente para outra. Muitos jovens pesquisadores, talvez por imaturidade, não consideram isso, focando em fatores como se o orientador tem recursos, influência, fama ou é renomado, o que pouco diz sobre a qualidade da interação e do tratamento. Frequentemente confundimos sucesso com caráter, assumindo perigosamente que pessoas de sucesso tratam bem os outros. Uma sondagem revelou que a relação com o orientador foi um gargalo para 30% dos respondentes.

Não corra riscos desnecessários. É mais vantajoso terminar uma pesquisa com um pesquisador suficientemente renomado do que não terminar com um pesquisador renomado.


A Orientação na Prática: Mais do que Aulas


O processo de orientação, de forma direta, envolve um pesquisador mais experiente orientando um jovem pesquisador (de iniciação científica ao pós-doutorado). Não há regras rígidas. É comum que a orientação seja algo mais superficial, com orientadores dedicando algumas horas ao orientando, e muitos alunos parecem assumir que receberão mais atenção. Esse mal-entendido pode ser uma fonte de grande mal-estar.

Alguns incômodos frequentes dos orientandos incluem sentir que o orientador não acompanha a pesquisa, não responde e-mails ou fica muito "no pé". Essas variações de estilo exigem que o jovem pesquisador esteja atento. Lembre-se, você educa as pessoas sobre como quer ser tratado, e isso vale para a relação com o orientador. Depois que a parceria se formaliza, não deixe as coisas simplesmente "rolarem". Se o orientador não responde um e-mail, envie novamente! O pior erro é deixar toda a responsabilidade para o outro.

A orientação, quando bem feita, é sobre guiar. Muitos ensinamentos são abstratos e não técnicos, como alguém olhando de cima versus um professor focado apenas em sua disciplina. Estar com o orientador, por si só, pode ser um ensinamento.

O que não é orientação? Corrigir provas do professor, participar de congressos por ele, dar aulas por ele ou fazer tarefas pessoais do orientador. Embora algumas dessas atividades possam se tornar orientação se colocadas no contexto de aprendizado, a última só o Mestre Miyagi seria capaz de transformar em orientação.

Arqué tipos de Orientadores: Uma Viagem na Maionese

Para refletir sobre traços marcantes, o ebook apresenta alguns tipos de orientadores, usando humor:

Orientador Bin Laden: Aparece com "bombas", como "temos um artigo para amanhã!" ou "Você tem que publicar em 1 mês!". Este estilo é comum, especialmente no Brasil, onde a hierarquia acadêmica é forte.

Orientador Mestre dos Magos: A modalidade mais comum. Aparece e desaparece misteriosamente, dizendo algo vago quando aparece. Pode ser problemático, mas há um nível saudável; minha regra é: se não atrapalha e faz a parte burocrática, perfeito. Uma dica é agendar tudo com antecedência com este tipo.

Orientador Madre Teresa de Calcutá: Uma pessoa prestativa e simpática. O autor encontrou dois orientadores assim, considerando-o um tipo raro no mundo acadêmico.

Orientador Rolling Stones: Um amigo do autor teve uma orientadora assim, com uma relação que envolvia o aluno arrumando "homens" para ela, considerada perigosa. O conselho é: não escolha um supervisor baseado em ser "bom de copo" ou companhia para baladas, você precisa de um orientador, não um amigo.

Orientador Einstein: Viaja nas ideias, muito respeitado em sua área, mas pode ter muitos alunos. O autor evitou este tipo.

Orientador Dr House: Raro, respeitado, com boas ideias, mas também odiado e briguento, embora consiga manter pessoas por perto.

Mestre Splinter: Difícil de definir, mas a ideia é um orientador que acolhe um aluno em dificuldade ("na merda"), o treina como filho, mesmo sendo diferente. O autor acredita ter tido um ou dois assim.

Orientador Perfeito e Incrível: Este apareceu como a resposta mais votada em uma sondagem. O autor tem sérias dúvidas sobre sua existência e considera que pode ser uma "resposta salva" ou "sair pela tangente". Achar seu supervisor incrível é ótimo, mas a idolatria pode ser uma cegueira custosa, e ninguém é perfeito.

Essas classificações buscam refletir de forma bem-humorada sobre tendências, mas é importante lembrar que pessoas são ricas e singulares, e classificá-las pode ser reducionista e doloroso. A relação é o que importa, não apenas o indivíduo.

A Autonomia Intelectual do Jovem Pesquisador


O que é autonomia intelectual no contexto acadêmico?


De forma simples e direta, é a fpercapacidade de tomar decisões sobre o destino da sua pesquisa e carreira, focando nos seus interesses e no que você acredita ser o melhor caminho. É algo incomum, especialmente no Brasil, onde um sistema, ao meu ver, é massacrante contra essa autonomia.

Orientadores podem minar a autonomia intelectual ao interferir excessivamente. Quando o orientador fecha o leque de possibilidades, definindo rigidamente o caminho da pesquisa, isso impede o jovem pesquisador de explorar seus próprios interesses. Isso tira a oportunidade do jovem pesquisador de errar com as próprias mãos, o que faz parte da formação de personalidade e resiliência. Paradoxalmente, jovens pesquisadores podem errar menos que orientadores, pois estão mais imersos na pesquisa e trabalham com o que escolheram, gerando mais motivação.

Precisamos dar mais crédito aos jovens pesquisadores, eles sabem o que fazem. Em um mundo de mudanças rápidas ("líquido"), a capacidade de inovar e ver novas tendências muitas vezes reside nos mais jovens. Precisamos revisar o sistema de orientação e permitir que o jovem pesquisador inove.


Gerenciando a Relação e Evitando Armadilhas


A relação com o orientador é um sistema complexo, único para cada par. Não há "bala de prata" ou soluções genéricas. O objetivo é resolver conflitos, mas primeiramente, evitar que surjam. A comunicação não violenta é uma excelente ferramenta para gerenciar conflitos.

Alguns insights para gerenciar a relação:

Evite presentinhos: Presentear orientadores pode criar um senso de débito inconsciente e ser mal interpretado. Se decidir presentear, certifique-se de que fique claro que não é uma tentativa de comprar favores.

Seja sempre assertivo(a): O autor compartilha experiências onde ser assertivo ajudou a alinhar expectativas e evitar problemas. Tentar ser assertivo em situações de assimetria de poder pode ser difícil, mas é importante.

Não deixe as coisas rolarem: Como mencionado antes, não coloque sobre o orientador todo o peso de fazer a relação funcionar.

Escolhendo Seu Orientador: Onde Procurar e Como Pensar

O orientador é quem te guia durante o processo. Embora a regra geral seja ter alguém mais experiente, é importante ter contato com pessoas que já trilharam o caminho que você deseja.

Onde encontrar?

Comece a busca o quanto antes: Isso dá tempo para errar ou evitar um compromisso ruim.

Observe professores nas aulas: A sala de aula é um ótimo lugar para observar o comportamento e decidir se há compatibilidade.

Participe de eventos: Eventos científicos ou cursos locais podem apresentar possíveis orientadores e expor você a novas áreas. Preste atenção à sua intuição ("senzorialidade aranha") nos primeiros segundos.

Ao escolher, vá além da fama ou dos recursos. Tenha autoconhecimento. Reflita sobre: você gosta de trabalhar sozinho ou em grupo? Prefere criar do zero ou seguir a liderança? Quais seus pontos fortes? Gosta de grandes ideias ou prefere "manter o pé no chão"?.

Defina no papel 3 atributos essenciais para o seu orientador ideal e busque alguém que se encaixe neles. Não procure um supervisor perfeito; se achar um, corra, pois pode ser uma armadilha.


O Sistema Acadêmico e a Infantilização


Criticamente, o sistema atual no Brasil tende a infan tilizar o pesquisador. Ao controlar excessivamente, os orientadores, muitas vezes incentivados pelo próprio sistema, impedem que o jovem pesquisador experimente a autonomia intelectual, o prazer de decidir e o aprendizado que vem do erro. O sistema de publicação e financiamento, focado nos sêniores e em métricas por vezes questionáveis, também contribui para isso. Acredito que precisamos voltar a formar pesquisadores críticos, não dependentes de um "selo papal" de validação.

Em suma, a escolha do orientador é uma decisão estratégica e complexa que impacta diretamente sua jornada acadêmica e sua autonomia intelectual. Dedicar energia a essa escolha é um investimento a longo prazo. Use as sondagens como um termômetro e ponto de partida para reflexão. Esteja atento às interações, gerencie a relação ativamente e não deixe as coisas simplesmente acontecerem.

Boa leitura, e espero que este material te ajude na escolha do seu orientador!


Baseado em excertos do ebook "sobre orientadores" de Jorge Guerra Pires, Ph.D.











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